Você já se deparou com a dúvida: “Minha empresa precisa de uma cabine primária ou de uma subestação?” Se sim, saiba que essa é uma pergunta mais comum do que parece, especialmente entre gestores industriais, engenheiros de manutenção e tomadores de decisão que estão lidando com expansões, Retrofit ou projetos greenfield.

Mas, afinal, existe diferença entre cabine primária e subestação? E mais importante: qual dessas soluções é a ideal para o seu negócio?

Neste artigo, vamos explicar de forma clara, técnica e estratégica o que você precisa saber para escolher entre uma cabine primária e uma subestação, com foco na realidade das empresas brasileiras e nos requisitos técnicos exigidos por concessionárias, normas e boas práticas do setor elétrico.

O que é uma Cabine Primária?

A cabine primária é um conjunto de equipamentos destinados à recepção de energia elétrica em média tensão (geralmente 13,8 kV no Brasil), com posterior transformação para baixa tensão (380/220 V) e distribuição para as cargas internas da empresa.

Ela é, basicamente, um tipo de subestação abrigada, instalada geralmente dentro do edifício da planta, e composta por:

  • Chaves seccionadoras;
  • Transformadores de potência;
  • Disjuntores;
  • Proteções (relés);
  • Medição.
     

A cabine primária é bastante comum em indústrias, hospitais, grandes centros comerciais e outros empreendimentos que consomem energia acima de 75 kW, ponto a partir do qual a concessionária exige fornecimento em média tensão.

E a Subestação? É a mesma coisa?

Aqui está a grande questão: toda cabine primária é uma subestação, mas nem toda subestação é uma cabine primária.

Explicando: o termo “subestação” é mais amplo. Ele pode se referir a qualquer ponto do sistema elétrico onde há transformação de tensão, seja para elevar (em geradoras) ou rebaixar (em consumidores finais) os níveis de tensão elétrica.

As subestações podem ser:

  • Aéreas ou abrigadas;
  • De entrada ou distribuição;
  • Com tecnologia convencional ou compartilhada (compactas);
  • Com tensão de entrada em 13,8 kV, 34,5 kV, 69 kV ou mais.
     

Já a cabine primária se refere, mais precisamente, a subestações de entrada do consumidor (normalmente industriais) que recebem energia em média tensão e a transformam para uso interno, geralmente com acesso e controle local.

Quando optar por uma Cabine Primária?

Sua empresa deve considerar instalar uma cabine primária quando:

  • O consumo de energia ultrapassa o limite de fornecimento em baixa tensão;
  • Há necessidade de maior confiabilidade e continuidade no fornecimento;
  • Existe vantagem em migrar para o mercado livre de energia (ACL);
  • A distribuidora exige o fornecimento em média tensão;
  • Há planos de expansão da carga instalada nos próximos anos.
     

Além disso, empresas que desejam reduzir custos com energia elétrica e ter maior controle sobre a distribuição interna se beneficiam enormemente com a implantação de uma cabine primária bem projetada e executada.

E Quando a Subestação Convencional (aérea ou de poste) é Mais Adequada?

Subestações externas ou de poste são mais comuns em ambientes onde:

  • Não há espaço físico interno disponível para uma cabine abrigada;
  • O investimento inicial precisa ser mais enxuto;
  • Há restrições de ventilação ou temperatura no ambiente industrial;
  • A concessionária permite esse tipo de solução (nem sempre é o caso).
     

Por isso, a escolha entre uma cabine primária interna e uma subestação convencional externa deve considerar também fatores como segurança, acessibilidade, manutenção e requisitos normativos.

Conclusão: Cabine Primária ou Subestação?

A resposta depende do perfil da sua empresa, da carga instalada, do espaço disponível e dos objetivos estratégicos com a infraestrutura elétrica. O mais importante é contar com uma engenharia especializada e atualizada com as normas e práticas do setor elétrico.

Na dúvida, consulte quem entende do assunto.

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